Luanda, 30 de Julho de 2025 – Um vídeo amplamente partilhado nas redes sociais causou indignação em todo o país. As imagens mostram uma mulher a ser alvejada em plena via pública, diante do filho adolescente, enquanto ambos tentavam escapar de uma situação de tensão no bairro Caop-A, em Luanda.
O caso aconteceu num momento de agitação social, supostamente envolvendo agentes da Polícia Nacional. A gravação mostra o desespero do jovem ao ver a mãe ser atingida, o que gerou forte comoção entre internautas e cidadãos de várias partes do país.
Em poucos minutos, a publicação viralizou e reacendeu debates sobre o uso da força por parte das autoridades, o estado emocional da população e a segurança nas zonas periféricas da capital.
Sociedade civil e cidadãos pedem responsabilização
Entidades da sociedade civil e diversos cidadãos usaram as redes sociais para exigir uma investigação célere e transparente. Muitos apelam por justiça e por medidas que evitem que episódios semelhantes voltem a acontecer, especialmente diante de menores.
“É inaceitável que situações deste tipo ocorram diante de crianças. Estamos a falar de traumas irreparáveis”, comentou uma internauta, num dos milhares de posts que se multiplicaram ao longo do dia.
Impacto nas redes sociais e apelo à empatia
A comoção pública também motivou reflexões mais profundas sobre o papel das instituições na preservação da vida e sobre o estado emocional da população que vive sob constante tensão. O episódio também trouxe à tona a necessidade urgente de formação contínua das forças da ordem e de mecanismos eficazes de fiscalização.
A cena do filho em prantos, tentando acordar a mãe caída no chão, tornou-se um símbolo da dor de muitas famílias que vivem em bairros vulneráveis e clamam por paz e respeito.
Autoridades devem pronunciar-se
Até ao momento da publicação desta matéria, as autoridades competentes ainda não haviam emitido um comunicado oficial sobre o caso. Espera-se, no entanto, que a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Nacional apurem os factos e apresentem esclarecimentos à sociedade.