Imagino que, neste instante, o Sr. Henrique Miguel, mais conhecido por “Riquinho”, sinta um orgulho silencioso e profundo.
Confesso que não conhecia este jovem. Porém, logo no início do jogo da nossa selecção, algo nele se destacou — uma diferença que não passou despercebida. Para minha surpresa, era filho do famoso empresário Riquinho.
E então veio-me a reflexão: em Angola, tantas vezes vemos jovens ocuparem lugares de privilégio sem mérito, apenas sustentados pelo peso do sobrenome. Mas Selton mostra-nos o contrário. Não surge apenas como “filho de…”, mas como atleta que conquista o seu espaço pelo talento e pela entrega.
O seu exemplo rompe com um ciclo viciado, lembrando-nos que o futuro não se constrói com heranças, mas com feitos. A grandeza não está no privilégio, mas na capacidade de o transformar em valor para todos.
Parabéns, Selton Miguel. Que a tua caminhada inspire outros jovens a provarem que o talento, quando encontra a oportunidade, pode desafiar até os vícios mais enraizados da nossa sociedade.